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“Não há governo que se salve quando assunto é meio ambiente”, defende actor Mateus Solano

O brasileiro, que também é defensor da Campanha Mares Limpos da ONU, destaca urgência das questões ambientais e necessidade de enfrentar desafios antes que seja tarde demais; em entrevista para o Podcast ONU News, ele discute avanço contínuo em causas importantes, incluindo a luta contra a Aids e quebra de tabus.

“Não há governo que se salve quando o assunto é o meio ambiente”. A opinião é do actor e defensor da Campanha Mares Limpos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, Mateus Solano.

“Nunca houve nenhum governo que realmente desse a importância que o assunto tem, sem se curvar ao mercado, a isso que a gente inventou e que a gente bota nossa vida a serviço, quando na verdade a nossa vida depende de ar, de água, de biodiversidade, de sustentabilidade”

Em entrevista para o podcast ONU News, o brasileiro afirmou que tem esperança de que as autoridades abracem a causa ambiental com a urgência necessária, antes da “água chegar no pescoço”.

“[…] estamos sempre avançando e pode ser com passos de formiga, pode ser aos soluços, mas estamos avançando. A questão da sustentabilidade ainda mais. A questão é que o ser humano, ele só avança, só dá um passo, quando está com a água no pescoço. E na questão ambiental, estar com a água no pescoço e é muito triste”

Além da agenda ambiental, Mateus Solano é actuante em diversas causas. Ele esteve em campanhas do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids, e ampliou a visibilidade da comunidade LGBTQIA+ após protagonizar o primeiro beijo gay na TV aberta no Brasil.

Ao avaliar que o mundo passa por uma onda conservadora, ele afirma que não há outra direcção nesta questão que não seja o avanço.

“Olha, eu acho que não existe outra direcção senão a direcção do avanço, né? Por mais que possa parecer que a gente regrediu, isso faz parte do avanço, né? Quer dizer, a história anda em tropeços, em soluços, em vais e vens e repetições de si própria. A gente repete padrões que a gente aprendeu lá na infância e de repente se vê preso numa coisa que a gente já podia estar livre há muito tempo”

Na entrevista, Mateus Solano ainda falou sobre a importância de financiamento e debate no combate à Aids. Explicando o que motivou seu engajamento em programas de conscientização sobre o vírus, o actor explica que o grande impasse é a “vergonha de falar sobre o assunto”.

Para ele, é muito recompensante usar sua imagem para falar de uma questão que acaba sendo tabu mesmo entre os mais interessados. (RM-ONUNews)

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